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16/06/2017

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (157) - A César o que é de César


Em comentário ao primeiro post sobre o amigo do Costa, nomeado para a administração da TAP, de quem Fernando Pinto, CEO da TAP há uma eternidade, desde os tempos do estradista Jorge Coelho, diz que «conhece a TAP talvez mais do que eu» (para quem duvida que conheça melhor, recordem-se os tempos de Lacerda na Gebalis que levou a TAP para o Brasil onde perdeu centenas de milhões), um leitor pergunta «E a sobrinha do César?».

Tem o leitor razão, mas não tem toda a razão. A sobrinha é apenas uma das pessoas da parentela de César a quem ele arranjou tenças públicas, como aqui recorda João Miguel Tavares: «Quase todos os familiares directos do líder parlamentar do PS estão em cargos de nomeação ou eleição política. A mulher. O filho. A nora. O irmão. E, agora, a sobrinha, contratada pela Gebalis (empresa municipal de Lisboa) depois de sair da Junta de Freguesia de Alcântara (do PS, claro).»

Esclarecimento a este comentário de um outro leitor sobre «uma interpretação "sui generis" daquilo do "a césar o que é de césar"»:
Os funcionários públicos são empregados do Estado Sucial que dispõe dos empregos. A esquerda em geral e o PS em particular são os donos do Estado Sucial; César é o presidente do PS ergo César é um dos donos do Estado Sucial ergo isso dá a César o direito de dispor do que é de César, em particular dar empregos à família de César. Quod erat demonstrandum.

1 comentário:

Unknown disse...

Uma interpretação "sui generis" daquilo do "a césar o que é de césar"...